APOLOGIA À SOLIDARIEDADE
Voltamos ao século passado...
E do quadro, de espasmos e sofrimento
Emerge reluzente do Desterro
A luz que iluminou constelações.
Voltamos ao século passado...
E na construção histórica de existências
Do firmamento reluz equidistante presença
Como tesouro enriquecendo aflitas almas.
Do século passado e da história escrita
A ferro e fogo, na forja da vida moldada
Emerge do Desterro reluzente brisa
Na busca de um rumo, ainda que grande o espaço.
Seguindo, seduz pelo jeito e pelo abraço
Com punho firme, olhar terno e sempre grato
Impõem ao caos, a doce harmonia das notas
No tilintar frenético das periferias.
No suave musicar ações sintonizadas
Coerência, propósito e destemor
Perseguiu na imensidão da alma humana
A essência do humano... o amor
Em cada descoberta um aprendizado
Na ação a pedagogia que redime
Como outrora, iluminando pobres náufragos
Naus esperançosas deste mundo.
Voltamos ao século passado
E do Desterro brilhante estrela corta o céu
No cosmo de náufragos soldados
Com sua luz, coloca ordem ao caos.
Na crença diuturna no humano
Na essência da vida busca entrar
Em que pese a truculência dos embates
O sol em muitas vidas fez brilhar.
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