Tic-tac-toc, fazia o relogio em minha parede. Marcava o ritmo da musica, da fome, de tudo que não para nem mesmo um segundo. A cada minuto, coisas sumiam, amor, o dinheiro consumia mais, minha saude, prazer, e também consumia a minha vida. Movia-se o ponteiro do relogio, marcando que se passava mais uma hora, a exatamente 60 minutos aquele menino morreu. Aqueles, cujo ninguém se importava.
Um, dois, três. Reais? Vidas? Canais de televisão?. Tudo se marca com um começo dado pelo tempo. Assim como o relogio da a volta e toda vez reseta, nossa vida da voltas e sempre voltamos a ver a felicidade, o amor, pelo menos eu pensava.
Assim eu esperava ansioso pelo momento, o grande momento, que reverteria minhas dores e traria a felicidade de volta. Aquelas batidas fortes pra mim, porém inperceptiveis pra qualquer um ao meu redor.Tic-tac-toc, mais alguns segundos e meu destino chegará.
O grande momento pra uns é ver que, conseguiu viver mais do que os dez anos restantes de vida prescritos pelo médico. Contar os segundos da virada do ano com a namorada. Para uma mãe é esperar ansiosa o momento em que verá seu filho após o parto. Todas essas situações são contadas pelo tempo, o grande sábio. Porém, alguma coisa o tempo reservou apenas a mim, uma coisa especial.
Depois de ver a morte, o amor, a dor, tristeza, angustia, felicidade e varios outros sentimento que nem sabia de sua existencia. Veio momento de partir, o meu grande momento. Muitos questionam o por que da vida, eu apenas aceitei que não gostei de viver. E meu tempo se esgotou.
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